Esperança...


Haviam milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, douradas, vermelhas, azuis, etc...
Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
"-Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens."
"-Assim será feito." Respondeu o Senhor "Conservarei todas vocês pequeninas, como são vistas e podem descer à Terra."
Conta-se que naquela noite, houve uma linda noite de estrelas. Algumas se alinharam nas torres altas das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos, outras misturavam-se nos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
"-Por que vocês voltaram?" Perguntou Deus à medida que elas chegavam no céu.
"-Senhor, não foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência. Muita maldade e injustiça..."
E o Senhor lhes disse:
"-Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquilo que cai, daquilo que morre, onde nada é perfeito. O céu é o lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece."
Depois que chegaram todas as estrelas, conferindo seus números, Deus falou:
"-Mas está faltando uma estrela, perdeu-se no caminho?"
e um anjo que estava perto respondeu:
"-Não Senhor, ela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há o limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor..."
"-Mas que estrela é essa?" Perguntou o Senhor.
"-É a ESPERANÇA, Senhor. A estrela verde. A única estrela desta cor. E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. Havia uma estrela verde no coração de cada pessoa, porque o único sentimento que o Homem tem e que Deus não tem é a ESPERANÇA. Deus já conhece o futuro, e a ESPERANÇA é próprio da pessoa humana, próprio daquele que erra, daquele que não é perfeito e daquele que não sabe como será o futuro.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009


A Pedra
O distraído nela tropeçou...O bruto a usou como projétil.O empreendedor, usando-a, construiu.O camponês, cansado da lida, dela fez assento.Para meninos, foi brinquedo.Drummond a poetizou.Já, Davi, matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem!Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.
Independente do tamanho das pedras, no decorrer de sua vida. não existirá uma, que você não possa aproveitá-la para seu crescimento espiritual. Quando a sua pedra atual, tenho certeza que Deus irá te dar sabedoria, para mais tarde você olhar para ela, e ter orgulho da maravilhosa experiência que causou em sua vida, no seu crescimento espiritual.
Abençoado dia pra você!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009


(A história é longa, porém muito edificante.)

Doutor Três Horas Era sábado pela manhã e as linhas telefônicas nas casas dos formandos estavam congestionadas.Meninas com salão de estética e beleza marcados, rapazes nadando logo de manhã pra evitar o "stress", a companhia responsável pela formatura e baile acertando os últimos detalhes no auditório da Universidade e no Salão Nobre. Todos estavam ansiosos, preocupados, assustados, cheios de expectativas. Carros iam e vinham da portaria das faculdades. O pessoal da decoração dava os últimos toques na arrumação da mesa do Corpo Docente, a empresa de som ligava cabos enormes em todos os pontos do auditório, a iluminação colocava as últimas lâmpadas que faltavam, a floricultura acertava os corredores por onde as moças e os rapazes iriam descer e o outro por onde iriam subir. As camareiras davam os últimos retoques nas lindas togas de formatura, os fotógrafos montavam o estúdio móvel na porta do Salão Nobre, a cantina precavia-se de muitos salgadinhos e refrigerantes, enfim, tudo corria contra o tempo, contra o relógio. Três da tarde. A cerimônia iria começar às 4h, impreterivelmente. O Prof. Dr. Astrogésilo Pessoa Couto, grande celebridade e Reitor da Universidade, não se dava ao luxo de começar um minuto atrasado. Dizia-se que acertava o seu relógio pelo Big-Ben de Londres, até que inventaram o tal "relógio atômico", que ele fez questão de instalar no seu computador. Assim, acontecesse o que acontecesse, às 4 horas a cerimônia iria começar. Muita gente rica chegando. O estacionamento da faculdade mais parecia um desfile de moda e revenda de automóveis importados: BMW, HONDA, DAEWOO, AUDI etc. Até FERRARI e JAGUAR apareceram! Madames muito bem vestidas estavam presentes. Havia gente da TV, cujos filhos estariam se formando. Mas tinha também um bom grupo de gente simples, humilde, lutadora, que também tinha filhos se formando ali. Seus trajes demonstravam que haviam alugado no "Black Tie" mais próximo do bairro. Não tinham familiaridade com a roupa, com os saltos, com as gravatas, com os colares. Até ficavam um tanto desconcertadas, pois queriam fazer bonito e não envergonhar os filhos. Quatro horas. Como já dissemos, a empresa responsável pela cerimônia deu início ao evento. Algo em torno de 700 pessoas presentes. Também, pudera: 89 formandos, 35 em Letras, 12 em Pedagogia, 30 em Direito e 12 em Engenharia de Informática. Uma grande festa. Lugares contados, reservados para duas ou três pessoas de cada formando, e o restante disputado palmo a palmo pelos presentes do lado de fora ou em pé nos arredores. Havia um telão para que todos acompanhassem do lado de fora. Primeiramente a entrada do Reitor. Palmas efusivas. Então a mesa diretora e, por fim, o corpo docente, palmas afetuosas. Apresentação das funções de cada um e tudo o que, de praxe, se costuma fazer numa cerimônia de formatura e colação de grau. Cantaram o Hino Nacional Brasileiro com o tradicional CD da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, gravação épica e universal para o Brasil. As palavras do Paraninfo, do Patrono da Turma, enfim, tudo o que se costuma haver nessas páginas indeléveis na vida de quem se forma. No momento da entrada, as torcidas no meio do auditório. Alguns estavam organizados, com línguas-de-sogra e cornetinhas (reprimidas pelo Reitor tão logo descobrira). Outros, mais discretos, levaram faixas, onde se lia: "SONINHA, VALEU O ESFORÇO - PARABÉNS, DOS SEUS PAIS QUE LHE AMAM"; "AÍ, MARCÃO, VALEU, SEU BABACA! SEUS AMIGOS"; "CARLINHOS, PARABÉNS! TE AMO! SUA NOIVA". Cada um se emocionava do seu jeito. Umas garotas choravam. Outras coravam. Os rapazes erguiam as mãos como se fosse um gol do seu time. Outros faziam o "V" da vitória, e um a um foram chegando com suas togas bem alinhadas e majestosas. Chegada a hora de passar a palavra ao orador das turmas (combinaram ter um só orador, pelo tempo despendido na cerimônia e pela proximidade do horário do baile, que se seguiria dentro de uma hora), o Julinho, ou melhor, Dr. Júlio Lacerda Loyola Anastácio (nome de advogado desde nascença), foi aclamado, quase levado nos braços dos formandos, que estavam do lado direito do auditório, que tinha formato de teatro. Sua prédica havia sido impressa para todos acompanharem. Os formandos sugeriram o que o Julinho teria que falar. Estava tudo previamente combinado. "Ilustríssimo Senhor Doutor Professor Astrogésilo Pessoa Couto, digníssimo Reitor de nossa egrégia Universidade, Senhor Professor Carlos Marques Lara, digníssimo pró-reitor da área de humanas, etc... etc..." Num outro trecho as tradicionais palavras: "Foram árduas as nossas batalhas: cansados do labor diurno, cá chegávamos, com fome, tanto do pão quanto do saber, e éramos fartos pelos nossos valorosos Mestres, que tudo davam de si... etc". Tudo ia muito bem. Até que Julinho se engasgou, ao dizer uma palavra que estava além do texto: "Agora, Senhor Reitor e senhores formandos, preciso dizer algo pessoal..." Os formandos gelaram. - "Ele vai fazer besteira". - "Julinho, cala a boca, termina logo". - "Ih, cara, sujou. Ele vai embolar tudo". - "Sabia que no final ele iria melar". Mesmo conhecendo a cara de desaprovação da turma, Julinho continuou, branco, pálido, engasgado, mas firme, dizendo: - "Senhor Reitor, Corpo Docente, Formandos, Familiares e Amigos: Preciso confessar algo, para fazer justiça e, ao mesmo tempo, reconhecer o que é certo. Todas as coisas aqui foram muito importantes: aulas, colegas, materiais didáticos, a seriedade de nossa secular instituição, tudo. Mas há algo que está faltando no meu texto, e não lerei o que vou dizer, porque o que tenho pra falar vem das letras escritas a ferro, dentro da minha alma. Devo este dia inesquecível e histórico às 3 da manhã de cada dia desses 5 anos. - "Três da manhã?", pensaram os formandos. "Esse cara bebeu. Ah, Julinho, para de enrolar e desce logo... Ah, se te pego na saída..." - "Nunca desfrutei de amizade com o meu pai. Na verdade sempre o desprezei. Tanto é assim que ele não está aqui, entre os meus convidados, porque não pode se locomover e eu não fiz o menor esforço para trazê-lo. Aqui estão minha mãe e irmã, mas não meu pai. E ele é responsável pelas três da manhã. Durante 5 anos eu acordei várias vezes no meio da madrugada, e, não raras vezes, às 3h da manhã. Meu pai, que empregou quase todo o seu parco salário no meu curso, mesmo sendo por mim ignorado, entrava no meu quarto, com hercúleo esforço, às vezes caía, mas sempre levantava, e orava a Deus. Sim, ele me apresentava a Deus. Tenho marcas no meu cobertor que não foram feitas por doces ou refrescos que derrubei, nem pontas de cigarro que deixei acesas na minha cama. São as lágrimas do meu pai, que pedia a Deus para fazer-me feliz, fazer-me íntegro, para guardar-me de acidentes, para proteger-me de bandidos, para abrir o meu entendimento na compreensão das matérias, para abrir-me oportunidades de trabalho na área. Ele chorava, pedia, dizia a Deus para que tocasse no meu coração e fizesse de mim um homem e um cristão. Mas, Senhor Reitor, não foi isso o que mais me tocou. O que marcou a minha vida, e é a razão desta homenagem, era a frase com a qual ele sempre se emocionava e chorava copiosamente junto a mim. Ele dizia: 'Deus, como eu amo ao meu filho, fruto de mim mesmo! Deus, como eu o admiro! Deus, como eu o quero bem! Deus, faça o que quiser comigo, mas abençoe o meu filho, porque, depois de Ti, ele é a razão do meu viver! E dá-me o privilégio de que um dia ele me ouça, que ele me ame também!' Júlio chorava. O Reitor tossia, para disfarçar a emoção, os formandos estavam com a cabeça baixa, pois sabiam que o Júlio tinha feito a coisa certa e estavam envergonhados de terem desaprovado sua atitude no início. O auditório se derretia. E, num ápice de dor e amor, Júlio gritou: - "Meu pai, como eu queria te dizer EU TE AMO!" De repente a porta do corredor central se abre subitamente, e uma cadeira de rodas entra, guiada por uma enfermeira, e o pai de Júlio entra, magrinho, cabelos grisalhos, rosto cansado, voz baixa, mas grita com toda a força do seu ser: - "Eu sei que você me ama, filho! EU SEMPRE TE AMEI! Seja feliz, meu filho, seja feliz!!!" Júlio quebra o protocolo e sai correndo da tribuna corredor adentro e vai abraçar o seu pai, chorando no seu ombro copiosa e demoradamente. Todos, unanimemente, chorando e gritando "BRAVO! BRAVO!", aplaudiam longamente a cena fantástica e novelesca que ora se fazia viver no mundo real! Foram 5 minutos, os cinco minutos mais importantes já vividos naquela universidade! Chamado novamente à tribuna, recebeu o seu grau e diploma. Então gritou: - "PAI, ISSO É POR VOCÊ! TE AMO!" O pai sorriu, mas já não tinha forças para falar. No seu coração ele via galardoado todo o seu esforço, o salário minguado dedicado à faculdade do rapaz, e, principalmente, às três horas de toda madrugada. Ele estava feliz. Podia morrer tranqüilo. Mas, morrer, já? Ele não tinha planos para morrer agora, naquele instante. Queria desfrutar dessa alegria indizível. Deus ainda lhe deu alguns anos, os melhores da vida dos dois, do Dr. Júlio e do seu pai, que se tornaram os melhores amigos. Aliás, Júlio ficou conhecido na comunidade acadêmica como "Doutor Três Horas". "Honra a teu pai e à tua mãe, para que se prolonguem os teus dias, na terra que o Senhor teu Deus te dá." (Ex. 20.12.) Que Deus dê aos leitores, que têm pais vivos, a oportunidade de fazê-lo em vida. Flores no túmulo murcham. Flores no coração desabrocham, PARA SEMPRE!!! Medite nisso......

terça-feira, 28 de abril de 2009


Meu Pai é o Piloto
No livro "Silent Strength for My Life" (Força Tranqüila para a Minha Vida), Loyde John Ogilvie conta a história de um menino que conheceu numa viagem: Ele observou o menino sozinho na sala de espera do aeroporto aguardando seu vôo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos. Quando Ogilvie entrou no avião, viu que o menino estava sentado ao lado de sua poltrona. O menino foi cortês quando Ogilvie puxou conversa com ele e, em seguida, começou a passar tempo colorindo um livro. Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação com o vôo enquanto as preparações para a decolagem estava sendo feitas. Durante o vôo, o avião entrou numa tempestade, muito forte, o que fez que ele balançasse como uma pena ao vento. A turbulência e as sacudidas assustaram alguns passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade. Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor ficou preocupada com aquilo tudo, e perguntou ao menino: - Você não tem medo? - Não senhora, não tenho medo. - ele respondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir - Meu pai é o piloto.
Existem situações em nossa vida que lembram um avião passando por uma forte tempestade. Por mais que tentemos, não conseguimos nos sentir em terra firme. Temos a sensação de que estamos pendurados no ar sem nada a nos sustentar, a nos segurar, em que nos apoiarmos, e que nos sirva de socorro. No meio da tempestade, podemos nos lembrar de que nosso "PAI É O PILOTO". Apesar das circunstâncias, nossa vida está nas mãos do Deus que criou o céu e a terra. Ele está no controle, por isso não há o que temer. Se um medo inconsolável tomar hoje conta do seu ser, diga:
"MEU PAI É O PILOTO, NÃO TEMEREI MAL ALGUM!"

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Caderneta Vermelha
"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." Êxodo 20:12
O carteiro estendeu o telegrama. José Roberto não agradeceu e enquanto abria o envelope, uma profunda ruga sulcou-lhe a testa. Uma expressão mais de surpresa do que de dor tomou-lhe conta do rosto. Palavras breves e incisas:
- Seu pai faleceu. Enterro 18horas. Mamãe.
Jose Roberto continuou parado, olhando para o vazio. Nenhuma lágrima lhe veio aos olhos nenhum aperto no coração. Nada! Era como se houvesse morrido um estranho. Por que nada sentia pela morte do velho? Com um turbilhão de pensamentos confundido-o, avisou a esposa, tomou o ônibus e se foi, vencendo os silenciosos quilômetros de estrada enquanto a cabeça girava a mil.
No íntimo, não queria ir ao funeral e, se estava indo era apenas para que a mãe não ficasse mais amargurada. Ela sabia que pai e filho não se davam bem. A coisa havia chegado ao final no dia em que, depois de mais uma chuva de acusações, José Roberto havia feito as malas e partido prometendo nunca mais botar os pés naquela casa.
Um emprego razoável, casamento, telefonemas à mãe pelo Natal, Ano Novo ou Páscoa... Ele havia se desligado da família não pensava no pai e a última coisa na vida que desejava na vida era ser parecido com ele.
O velório: Poucas pessoas. A mãe está lá, pálida, gelada, chorosa. Quando reviu o filho, as lágrimas correram silenciosas, foi um abraço de desesperado silêncio. Depois, ele viu o corpo sereno envolto por um lençol de rosas vermelho - como as que o pai gostava de cultivar. José Roberto não verteu uma única lágrima, o coração não pedia. Era como estar diante de um desconhecido, um estranho, um...
O funeral: O sabiá cantando, o sol se pondo. Ele ficou em casa com a mãe até a noite, beijou-a e prometeu que voltaria trazendo netos e esposa para conhecê-la. Agora, ele poderia voltar à casa, porque aquele que não o amava, não estava mais lá para dar-lhe conselhos ácidos nem para criticá-lo. Na hora da despedida a mãe colocou-lhe algo pequeno e retangular na mão:
- Há mais tempo você poderia ter recebido isto - disse. Mas, infelizmente só depois que ele se foi eu encontrei entre os guardados mais importantes... Foi um gesto mecânico que, minutos depois de começar a viagem, meteu a não no bolso e sentiu o presente. O foco mortiço da luz do bagageiro revelou uma pequena caderneta de capa vermelha. Abriu-a curioso. Páginas amareladas. Na primeira, no alto, reconheceu a caligrafia firme do pai:
"Nasceu hoje o José Roberto. Quase quatro quilos! O meu primeiro filho, um garotão! Estou orgulhoso de ser o pai daquele que será a minha continuação na Terra!"
À medida que folheava, devorando cada anotação, sentia um aperto na boca do estomago, mistura de dor e perplexidade, pois as imagens do passado ressurgiram firmes e atrevidas como se acabassem de acontecer!
"Hoje, meu filho foi para escola. Está um homenzinho! Quando eu o vi de uniforme, fiquei emocionado e desejei-lhe um futuro cheio de sabedoria. A vida dele será diferente da minha, que não pude estudar por ter sido obrigado a ajudar meu pai. Mas para meu filho desejo o melhor. Não permitirei que a vida o castigue"
Outra página:"Roberto me pediu uma bicicleta, meu salário não dá, mas ele merece porque é estudioso e esforçado. Fiz um empréstimo que espero pagar com horas extras"·José Roberto mordeu os lábios. Lembrava-se da sua intolerância, das brigas feitas para ganhar a sonhada bicicleta. Se todos os amigos ricos tinham uma, por que ele também não poderia ter a sua? E quando, no dia do aniversário, a havia recebido, tinha corrido aos braços da mãe sem sequer olhar para o pai. Ora, o "velho" vivia mal-humorado, queixando-se do cansaço, tinha os olhos sempre vermelhos... e José Roberto detestava aqueles olhos injetados sem jamais haver suspeitado que eram de trabalhar até a meia-noite para pagar a bicicleta...!
"Hoje fui obrigado a levantar a mão contra meu filho! Preferia que ela tivesse sido cortada, mas fui preciso tentar chamá-lo á razão, José Roberto anda em más companhias, tem vergonha da pobreza dos pais e, se não disciplinar amanhã será um marginal. Foi assim que aprendi a ser um homem honrado e esse é o único modo que sei de ensiná-lo"·
José Roberto fechou os olhos e viu toda a cena quando por causa de uma bebedeira, tinha ido para a cadeia e naquela noite, se o pai não tivesse aparecido para impedi-lo de ir ao baile com os amigos... Lembrava-se apenas do automóvel retorcido e manchado de sangue que tinha batido contra uma árvore... Parecia ouvir sinos, o choro da cidade inteira enquanto quatro caixões seguiam lugubremente para o cemitério. As páginas se sucediam com ora curtas, ora longas anotações, cheias das respostas que revelam o quanto, em silêncio e amargura, o pai o havia amado.
O "velho" escrevia de madrugada. Momento da solidão, num grito de silêncio, porque era desse jeito que ele era, ninguém o havia ensinado a chorar e a dividir suas dores, o mundo esperava que fosse durão para que não o julgassem nem fraco e nem covarde. E, no entanto, agora José Roberto estava tendo a prova que, debaixo daquela fachada de fortaleza havia um coração tão terno e cheio de amor
A ultima pagina. Aquela do dia em que ele havia partido:
"Deus, o que fiz de errado para meu filho me odiar tanto? Por que sou considerado culpado, se nada fiz, senão tentar transformá-lo em um homem de bem? Meu Deus, não permita que esta injustiça me atormente para sempre. Que um dia ele possa me compreender e perdoar por eu não ter sabido ser o pai que ele merecia ter".
Depois não havia mais anotações e as folhas em branco davam a idéia de que o pai tinha morrido naquele momento, José Roberto fechou depressa a caderneta, o peito doía. O coração parecia haver crescido tanto, que lutava para escapar pela boca. Nem viu o ônibus entrar na rodoviária, levantou aflito e saiu quase correndo porque precisava de ar puro para respirar. Para ele, os pais eram descartáveis e sem valor como as embalagens que são atiradas ao lixo. Afinal, naqueles dias de pouca reflexão tudo era juventude, saúde, beleza, musica, cor, alegria, despreocupação, vaidade. Não era ele um semideus?
Agora, porém, o tempo o havia envelhecido, fatigado e também tornado pai aquele falso herói. De repente. No jogo da vida, ele era o pai e seus atuais contestadores.
Como não havia pensado nisso antes?
Certamente por não ter tempo, pois andava muito ocupado com os negócios, a luta pela sobrevivência, a sede de passar fins de semana longe da cidade grande, a vontade de mergulhar no silêncio sem precisar dialogar com os filhos.
De repente. No jogo da vida, ele era o pai e seus atuais contestadores. Como não havia pensado nisso antes? Certamente por não ter tempo, pois andava muito ocupado com os negócios, a luta pela sobrevivência, a sede de passar fins de semana longe da cidade grande, à vontade de mergulhar no silêncio sem precisar dialogar com os filhos. Ele jamais tivera a idéia de comprar uma cadernetinha de capa vermelha para anotar uma a frase sobre seus herdeiros, jamais lhe havia passado pela cabeça escrever que tinha orgulho daqueles que continuam o seu nome. Justamente ele, que se considerava o mais completo pai da Terra?
Uma onda de vergonha quase o prostrou por terra numa derradeira lição de humildade. Quis gritar, erguer procurando agarrar o velho para sacudi-lo e abraçá-lo, encontrou apenas o vazio. Havia uma raquítica rosa vermelha num galho no jardim de uma casa, o sol acabava de nascer. Então, José Roberto acariciou as pétalas e lembrou-se da mãozona do pai podando, adubando e cuidando com amor. Por que nunca tinha percebido tudo aquilo antes? Uma lágrima brotou como o orvalho, e erguendo os olhos para o céu dourado, de repente, sorriu e desabafou-se numa confissão aliviadora:
- "Se Deus me mandasse escolher, eu juro que não queria ter tido outro pai que não fosse meu querido pai! Me perdoe Deus, por haver sido tão
cego..."

quinta-feira, 16 de abril de 2009


Nos trilhos de Deus
A grande lição do trem
Certo homem morava no final de Xerém, subúrbio do Estado do Rio de Janeiro e trabalhava na zona sul do Rio. Viajava diariamente de trem para ir e vir do trabalho. Certo dia parou numa praça da cidade onde acontecia um culto ao ar livre e na hora do apelo ele se converteu. Ganhou uma bíblia de presente que ele lia sempre durante o percurso da viagem. Ele tinha um sonho: pregar a palavra de Deus. Quando leu o texto "Ide e Pregai a toda criatura..." sentiu um impulso de realizar seu desejo, mas seu tempo era escasso, pois trabalhava até mesmo nos finais de semana. Teve então, uma brilhante idéia: economizou e comprou uma bíblia nova de letras gigantes, para ler no trem em movimento, e passou a pregar durante a viagem de ida e volta. Estava feliz da vida, pois estava dando frutos para o Reino de Deus. Até que um dia surgiu um passageiro que não aprovou a idéia da pregação dentro do trem, pois cochilava ao balanço do trem, durante a viagem. Inconformado, o homem reclamava o tempo todo. O pregador,pacientemente, trocava de vagão. Porém, quando começava a pregar, lá estava o sujeito, mais uma vez reclamando. Então, esse homem, extremamente irado, levantou sua voz e gritou: - "Páre de me perturbar! Da próxima vez que você pregar de novo no trem, e atrapalhar o meu cochilo, vou jogar sua bíblia fora. É melhor ficar quieto..." Prudentemente, o pregador clamou a Deus e jejuou para que Deus não permitisse que aquele homem cumprisse sua ameaça,que houvesse impedimentos. Assim o pregador orou com fé, confiando que Deus o ouviu. No outro dia, o que se sentia importunado saiu bem cedo para o trabalho, e lá estava o pregador do trem todo confiante, semeando a Palavra de Deus. Subitamente, o valente levantou-se e bradou: - "Eu te avisei, mas você não acreditou!", e arrancou a bíblia das mãos do pregador e jogou-a pela janela do trem, diante de um público estupefato. O pregador sentiu-se humilhado, decepcionado e muito triste com a situação. Resolveu não ser mais crente, pois confiava que Deus ia livrá-lo dessa vergonha e por não ter sido atendido, decidiu não trilhar mais os caminhos do Senhor. Por ter virado as costas para Deus, as coisas começaram a ficar difíceis para ele. Perdeu o emprego, tornou-se um desocupado, abandonou sua casa e passou a viver nas ruas, dormindo nos bancos das praças. Depois de um certo tempo, numa determinada praça onde costumava se embriagar e dormir no banco, estava acontecendo um culto ao ar livre. Despertou sua atenção pois esse pregador contava o seu testemunho de que um junto da linha do trem para cometer suicídio, mas Deus, com seu infinito amor usou um filho seu para salvá-lo de ser despedaçado pelo trem. Continuou relatando que, quando ia se atirar embaixo do trem, algo muito pesado foi arremessado em sua cabeça, e ele caiu junto aos trilhos, meio desacordado sem entender nada do que estava ocorrendo. Foi quando percebeu que era um grande livro e um vento providencial virava suas páginas, parando exatamente na página onde pôde ler admirado o versículo 18 do Capítulo 28 do Evangelho de Mateus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei". E exclamou jubiloso: -"Então fiquei com esta bíblia, hoje sou feliz e a minha vida mudou!" E concluiu: "-Um dia hei de encontrar esse filho de Deus, dar-lhe um grande abraço e agradecer-lhe pelo bem que me fez, livrando-me não somente da morte física, mas principalmente da condenação eterna". O pregador do trem que ouvia a tudo atentamente não conseguiu conter o seu desesperado choro e inesperadamente, levantou-se do banco e gritou com o rosto banhado em lágrimas: "- Perdoe-me, Senhor Jesus, pois não compreendi os teus planos. Perdoe-me por ter duvidado do teu poder e do teu amor por todos esses anos". E soluçando muito dirigiu-se ao pastor que testemunhava, mal conseguindo declarar: "- Eu era o dono daquela grande bíblia!". Disse o seu nome e mostrou a todos a sua assinatura registrada na primeira página daquela grande Bíblia. E você, sabe quais são os desígnos de DEus??
Escrito por Kalini às 08h01

quinta-feira, 9 de abril de 2009


A piscina e a cruz

Muitos de nós, as vezes, pensamos que nunca tivemos experiências dignas de serem testemunhadas.As vezes ouvimos falar de um milagre, ou de uma benção que uma pessoa recebeu e pensamos:"-será que nunca vai acontecer comigo?"Mas no dia-a-dia, acontecem inúmeros "pequenos milagres", coisas que ao nossos olhos são tão pequenas que praticamente passam desapercebidas. Mas, que em uma reflexão mais cuidadosa, revela-se um "pequeno milagre".A vida está cheia desses acontecimentos... pequenos tropeços que te fazem parar e ver, que, por pouco você se machucaria, ou seria atropelado.Uma sombra, que chama sua atenção e dá asas a sua imaginação...Um amigo ia toda quinta-feira a noite a uma piscina coberta.Sempre via ali um homem que lhe chamava atenção: ele tinha o costume de correr até a água e molhar só o dedão do pé. Depois subia no trampolim mais alto e com um esplêndido salto mergulhava na água. Era um excelente nadador.Não era de estranhar, pois, que meu amigo ficasse intrigado com esse costume de molhar o dedão antes de saltar na água. Um dia tomou coragem e perguntoua razão daquele hábito. O homem sorriu e respondeu:- Sim, eu tenho um motivo para fazer isso. Há alguns anos, eu era professor de natação de um grupo de homens. Meu trabalho era ensiná-los a nadar e a saltar de trampolim. Certa noite não conseguia dormir e fui a piscina para nadar um pouco.Sendo o professor de natação, eu tinha uma chave para entrar no clube. Não acendi a luz porque conhecia bem o lugar. A luz da lua brilhava através do teto de vidro. Quando estava sobre o trampolim, vi minha sombra na parede em frente.Com os braços abertos, minha silhueta formava uma magnífica cruz. Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela imagem.O professor de natação continuou:- Nesse momento, pensei na cruz de Cristo e em seu significado. Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi um cântico cujas palavras me vieram a mente e me fizeram recordar que Jesus tinha morrido para nos salvar por meio de seu precioso sangue... Não sei quanto tempo fiquei parado sobre o trampolim com os braços estendidos e nem compreendo por que não pulei na água.Finalmente voltei, desci do trampolim e fui até a escada para mergulhar na água. Desci a escada e meus pés tocaram o piso duro e liso... na noite anterior haviam esvaziado a piscina e eu não tinha percebido...Após uma longa pausa, ele continuou:- Tremi todo e senti um calafrio na espinha. Se tivesse saltado, seria o meu último salto. Naquela noite, a imagem da cruz na parede salvou a minha vida.Fiquei tão agradecido a Deus, que em Sua graça me permitiu continuar vivo, que me ajoelhei na beira da piscina. Tomei consciência de que não somente a minha vida, mas minha alma também precisava ser salva. Para que isso acontecesse, foi necessária outra cruz, aquela na qual Jesus morreu para nos salvar.Ele me salvou quando confessei os meus pecados e me entreguei a Ele. Naquela noite fui salvo duas vezes. Agora tenho um corpo sadio porém, o mais importante é que sou eternamente salvo. Talvez agora você compreenda porque molho o dedão antes de saltar na água... > > > As vezes, os milagres acontecem em nossas vidas, mas, não como nós esperávamos.Deus tem uma forma maravilhosa de agir, Ele não faz barulho, não chama a atenção! Mas nem por isso torna-se ineficiente.Abramos nosso olhos e estejamos bem acordados, testemunhemos do amor de nosso Salvador, com fervor e alegria, pois as pequenas coisas que o mundo ocultou, serão as grandes maravilhas que Deus revelará!!! I Coríntios 1:18 "De fato, a mensagem da morte de Cristo na cruz é loucura para os que estão se perdendo; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus."Hebreus 12:2 "Conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é pôr meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa. Ele não deixou que a cruz fizesse com que ele desistisse.