Esperança...


Haviam milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, douradas, vermelhas, azuis, etc...
Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:
"-Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens."
"-Assim será feito." Respondeu o Senhor "Conservarei todas vocês pequeninas, como são vistas e podem descer à Terra."
Conta-se que naquela noite, houve uma linda noite de estrelas. Algumas se alinharam nas torres altas das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos, outras misturavam-se nos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.
"-Por que vocês voltaram?" Perguntou Deus à medida que elas chegavam no céu.
"-Senhor, não foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência. Muita maldade e injustiça..."
E o Senhor lhes disse:
"-Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquilo que cai, daquilo que morre, onde nada é perfeito. O céu é o lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece."
Depois que chegaram todas as estrelas, conferindo seus números, Deus falou:
"-Mas está faltando uma estrela, perdeu-se no caminho?"
e um anjo que estava perto respondeu:
"-Não Senhor, ela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há o limite, onde as coisas não vão bem, onde há luta e dor..."
"-Mas que estrela é essa?" Perguntou o Senhor.
"-É a ESPERANÇA, Senhor. A estrela verde. A única estrela desta cor. E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. Havia uma estrela verde no coração de cada pessoa, porque o único sentimento que o Homem tem e que Deus não tem é a ESPERANÇA. Deus já conhece o futuro, e a ESPERANÇA é próprio da pessoa humana, próprio daquele que erra, daquele que não é perfeito e daquele que não sabe como será o futuro.

quarta-feira, 8 de abril de 2009


A Casa Queimada
Um certo homem saiu em uma viagem de avião. Era um homem que acreditava em Deus, e sabia que Ele o protegeria. Durante a viagem, quando sobrevoavam o mar um dos motores falhou e o piloto teve que fazer um pouso forçado no oceano. Quase todos morreram, mas o homem conseguiu agarrar-se a alguma coisa que o conservasse em cima da água. Ficou boiando à deriva durante muito tempo até que chegou a uma ilha não habitada. Ao chegar à praia, cansado, porém vivo, agradeceu a Deus por este livramento maravilhoso da morte. Ele conseguiu se alimentar de peixes e ervas. Conseguiu alguns pedaços de madeira e com muito esforço construiu uma casinha para ele. Não era bem uma casa, mas um abrigo tosco, com paus e folhas. Porém significava proteção. Ele ficou todo satisfeito e mais uma vez agradeceu a Deus, porque agora podia dormir sem medo dos animais selvagens que talvez pudessem existir na ilha. Um dia, ele estava pescando e quando terminou, havia apanhado muitos peixes. Assim com comida abundante, estava satisfeito com o resultado da pesca. Porém, ao voltar-se na direção de sua casa, qual tamanha não foi sua decepção, ao ver sua casa toda incendiada. Ele se sentou em uma pedra chorando e dizendo em prantos: "Deus! Como é que o Senhor pode deixar isto acontecer comigo? O Senhor sabe que eu preciso muito desta casa para poder me abrigar, e o Senhor deixou minha casa se queimar todinha. Deus, o Senhor não tem compaixão de mim?" Neste mesmo momento uma mão pousou no seu ombro e ele ouviu uma voz dizendo: "Vamos rapaz?" Ele se virou para ver quem estava falando com ele, e qual não foi sua surpresa quando viu em sua frente um marinheiro todo fardado e dizendo: "Vamos rapaz, nós viemos te buscar". "Mas como é possível? Como vocês souberam que eu estava aqui?" "Ora, amigo! Vimos os seus sinais de fumaça pedindo socorro. O capitão ordenou que o navio parasse e me mandou vir lhe buscar naquele barco ali adiante." Os dois entraram no barco e assim o homem foi para o navio que o levaria em segurança de volta para os seus queridos.

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